Brasília, 19/11/2013 – Começou nesta
segunda-feira (18/11) a mostra de cinema realizada pela Comissão
Especial da Verdade da OAB/DF, que exibirá filmes e documentários
relacionados à época da ditadura militar. Serão exibidos filmes e
realizados debates até sexta-feira (22/11). Com o tema “Cinema
insurgente, dialogando com a verdade”, a mostra rememora os 30 anos da
interdição e do incêndio da Seccional, além de ter como objetivo
consolidar a verdade histórica sobre a resistência da instituição e dos
advogados que lutaram contra a ditadura.
O presidente Ibaneis Rocha participou da abertura do evento e destacou sobre a importância de se conhecer a verdade sobre o período pela ótica dos advogados. “Devemos analisar o período da ditadura e da resistência através da memória dos advogados, daquilo que eles fizeram durante aquela fase. Essa mostra cumpre esse objetivo, pois dá voz aos advogados que vivenciaram a ditadura”, afirmou.
Em seu discurso, Ibaneis Rocha anunciou que os resultados do trabalho da Comissão Especial da Verdade da Seccional serão reunidos em um livro, editado pela OAB/DF, contando a história da resistência e da redemocratização pela ótica dos advogados. Na ocasião, Ibaneis também homenageou a memória do membro honorário vitalício, Maurício Corrêa, com uma placa representando todos os advogados que lutaram para defender a entidade e o Estado Democrático de Direito. Auda Corrêa, viúva do homenageado, recebeu a placa.
A presidente da Comissão Especial da Verdade e coordenadora do evento, Herilda Balduíno, disse que a mostra quer revelar aos mais jovens o que realmente aconteceu naquela época. “As pessoas não sabem como a ditadura foi realmente. Queremos fazer algo que lembre isso e traga a memória, a discussão e a crítica. Tínhamos, nós advogados, a incumbência de mostrar os fatos que violavam os direitos humanos. A OAB era, naquele tempo, um espaço de reação de Brasília, um espaço político de liberdade”.
José Geraldo de Sousa Júnior, ex-reitor e professor da Universidade de Brasília, relembrou os bastidores das decisões tomadas para defender o edifício-sede da OAB/DF. “Lembro-me que um dia após a invasão nos reunimos no escritório do Maurício Corrêa para avaliar a situação e decidimos todos ir para a Ordem, porque se alguma coisa acontecesse os advogados deveriam está na sua cidadela, guardando a sua casa, o seu espaço vital”.
A palestra da noite foi proferida pelo deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ). O parlamentar falou sobre o golpe de Estado e a ditadura militar. “Falar sobre o golpe de 64 e o regime que se instalou a partir desse momento é fazer essa visitação histórica. A construção dura, e ainda em curso, da democracia no Brasil representou uma enorme missão porque nós muitas vezes apostamos no século passado para vislumbrar o futuro. A história é uma ciência rigorosamente humana que pede releituras, de forma necessária, buscando a veracidade a partir de diferentes atores”.
Dossiê Jango foi o filme de estreia da mostra. João Goulart havia sido eleito democraticamente presidente do Brasil, mas foi expulso do cargo após o golpe de Estado de 1 de abril de 1964. Depois disso, Jango viveu exilado na Argentina, onde morreu em 1976. As circunstâncias de sua morte no país vizinho não foram bem explicadas até hoje. Seu corpo foi enterrado imediatamente após a sua morte, aumentando as suspeitas de assassinato premeditado. O documentário traz o assunto de volta à tona e tenta esclarecer publicamente alguns fatos obscuros da história do Brasil.
Reportagem – Priscila Gonçalves
Foto – Valter Zica
Comunicação Social – Jornalismo
OAB/DF
O presidente Ibaneis Rocha participou da abertura do evento e destacou sobre a importância de se conhecer a verdade sobre o período pela ótica dos advogados. “Devemos analisar o período da ditadura e da resistência através da memória dos advogados, daquilo que eles fizeram durante aquela fase. Essa mostra cumpre esse objetivo, pois dá voz aos advogados que vivenciaram a ditadura”, afirmou.
Em seu discurso, Ibaneis Rocha anunciou que os resultados do trabalho da Comissão Especial da Verdade da Seccional serão reunidos em um livro, editado pela OAB/DF, contando a história da resistência e da redemocratização pela ótica dos advogados. Na ocasião, Ibaneis também homenageou a memória do membro honorário vitalício, Maurício Corrêa, com uma placa representando todos os advogados que lutaram para defender a entidade e o Estado Democrático de Direito. Auda Corrêa, viúva do homenageado, recebeu a placa.
A presidente da Comissão Especial da Verdade e coordenadora do evento, Herilda Balduíno, disse que a mostra quer revelar aos mais jovens o que realmente aconteceu naquela época. “As pessoas não sabem como a ditadura foi realmente. Queremos fazer algo que lembre isso e traga a memória, a discussão e a crítica. Tínhamos, nós advogados, a incumbência de mostrar os fatos que violavam os direitos humanos. A OAB era, naquele tempo, um espaço de reação de Brasília, um espaço político de liberdade”.
José Geraldo de Sousa Júnior, ex-reitor e professor da Universidade de Brasília, relembrou os bastidores das decisões tomadas para defender o edifício-sede da OAB/DF. “Lembro-me que um dia após a invasão nos reunimos no escritório do Maurício Corrêa para avaliar a situação e decidimos todos ir para a Ordem, porque se alguma coisa acontecesse os advogados deveriam está na sua cidadela, guardando a sua casa, o seu espaço vital”.
A palestra da noite foi proferida pelo deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ). O parlamentar falou sobre o golpe de Estado e a ditadura militar. “Falar sobre o golpe de 64 e o regime que se instalou a partir desse momento é fazer essa visitação histórica. A construção dura, e ainda em curso, da democracia no Brasil representou uma enorme missão porque nós muitas vezes apostamos no século passado para vislumbrar o futuro. A história é uma ciência rigorosamente humana que pede releituras, de forma necessária, buscando a veracidade a partir de diferentes atores”.
Dossiê Jango foi o filme de estreia da mostra. João Goulart havia sido eleito democraticamente presidente do Brasil, mas foi expulso do cargo após o golpe de Estado de 1 de abril de 1964. Depois disso, Jango viveu exilado na Argentina, onde morreu em 1976. As circunstâncias de sua morte no país vizinho não foram bem explicadas até hoje. Seu corpo foi enterrado imediatamente após a sua morte, aumentando as suspeitas de assassinato premeditado. O documentário traz o assunto de volta à tona e tenta esclarecer publicamente alguns fatos obscuros da história do Brasil.
Reportagem – Priscila Gonçalves
Foto – Valter Zica
Comunicação Social – Jornalismo
OAB/DF
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