domingo, 12 de agosto de 2012

UnB instala Comissão da Verdade com depoimento inédito


MEMÓRIA E VERDADE - 10/08/2012
Fonte:  http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=6934
Professor baiano surpreendeu os presentes na cerimônia ao narrar depoimentos que reforçam a suspeita de que Anísio Teixeira, fundador da Universidade, foi assassinado pelo regime militar
Débora Cronemberger - Da Secretaria de Comunicação da UnB
Um pedaço sombrio da história do Brasil começou a ser esclarecido no final da manhã desta sexta-feira, 10 de agosto. Quatro décadas após ser encontrado sem vida no fosso de um elevador, no Rio de Janeiro, um depoimento inédito pode mudar a versão oficial da morte de Anísio Teixeira, fundador da Universidade de Brasília e um dos nomes mais importantes da educação brasileira.
O relato, feito inesperadamente durante a instalação da Comissão da Verdade da instituição dirigida por Anísio Teixeira de junho de 1963 a abril de 1964, reforçou a importância da criação desta instância de investigação pelo reitor José Geraldo de Sousa Junior. Batizada com o nome do educador, a Comissão da Verdade nasce cumprindo seu propósito principal: resgatar a verdade de fatos ocorridos durante o regime militar, entre eles os desaparecimentos dos alunos do campus Darcy Ribeiro Honestino Guimarães, Ieda Santos Delgado e Paulo de Tarso Celestino.
Ao pedir a palavra, durante a cerimônia, João Augusto de Lima Rocha, professor da Universidade Federal da Bahia, surpreendeu os cerca de 150 docentes, alunos e autoridades presentes. Na tribuna do auditório da Reitoria, o professor revelou o conteúdo de três depoimentos colhidos por ele nos anos seguintes ao sepultamento do pioneiro da Educação Nova.
As narrativas reforçam a suspeita de que Anísio Teixeira foi assassinado pelo regime militar, ao contrário do que relatam os documentos da época. O professor João Augusto afirma ter ouvido de Luiz Viana Filho, governador da Bahia quando Anísio Teixeira foi encontrado morto, que o educador foi preso no dia 11 de março de 1971 e levado para o quartel da Aeronáutica.
A data é a mesma em que o educador desapareceu, após sair em direção à casa do filólogo Aurélio Buarque de Holanda, localizada no edifício Duque de Caxias, na Praia do botafogo, número 48. O corpo foi encontrado no fosso do elevador dois dias depois, em 13 de março. “Em dezembro de 1988, Luiz Viana Filho me confessou que Anísio foi preso no dia que desapareceu e levado para o quartel da Aeronáutica, em uma operação que teve como mentor o brigadeiro João Paulo Burnier, figura conhecida do regime militar e que tinha o plano de matar todos os intelectuais mais importantes do Brasil na época”, disse João Augusto, no auditório da Reitoria.
De acordo com os relatos de policiais da 10ª Delegacia de Polícia, responsáveis pela investigação do caso à época, Anísio Teixeira estava “de cócoras, com a cabeça junto aos joelhos, sob um platô de cimento armado, meio metro acima do fundo do poço”. Havia ferimentos na base da cabeça e no rosto e respingos de sangue na parte interna da casa de força. Pasta de documentos e óculos estavam intactos ao lado do corpo. Os depoimentos dos agentes estão detalhados na edição de 15 de março do jornal Última Hora. Leia aqui.
Paulo Castro/UnB Agência
 Instalação da Comissão marca final do mandato do reitor José Geraldo
Além do testemunho de Luiz Viana Filho, João Augusto ouviu dois legistas que viram o corpo de Anísio Teixeira durante a necrópsia. “Os médicos Afrânio Coutinho e Clementino Fraga Filho tiveram acesso ao corpo de Anísio devido a um engano do Exército. No dia que o corpo de Anísio foi encontrado no fosso do elevador, um militar havia se suicidado no mesmo bairro. Quando o rabecão passou para pegar o corpo do oficial, pessoas do prédio onde Anísio foi localizado pediram que levassem o corpo”, contou. “Se soubessem quem era, talvez a necropsia não tivesse ocorrido”.

De acordo com o professor, Afrânio e Clementino afirmaram que os graves ferimentos de Anísio Teixeira jamais poderiam ter resultado de uma queda no fosso do elevador. “Ele teve todos os ossos quebrados, o que seria impossível acontecer com a queda no fosso”, contou o professor à plateia, que, perplexa, ouvia atentamente e em silêncio. Leia aqui reportagem da revista DARCY sobre a trajetória de Anísio Teixeira.
Nenhum dos depoimentos foi gravado. Luiz Viana Filho e Afrânio Coutinho morreram, o primeiro em 1990 e o segundo dez anos depois. Clementino Fraga Filho é o único ainda vivo. “Eles não aceitaram fazer o registro”, disse o professor. “Era uma outra época. As pessoas tinham medo de falar. A própria família de Anísio tinha receio, mas os filhos querem agora reaver essa história”, comentou João Augusto. Segundo ele, Clementino está com 94 anos. “Vou tentar convencê-lo a falar publicamente sobre o que me disse”, completou.

João Augusto, que participou da cerimônia porque estava em Brasília para uma reunião da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) e viu o anúncio da instalação da Comissão da Verdade, revelou ainda que Afrânio Coutinho confidenciou ter escrito um texto contando a história da necropsia. O material, segundo o professor, teria sido deixado na sede da Academia Brasileira de Letras com a recomendação de que fosse tornado público apenas em 2021. “Passei 20 anos em busca de provas destas histórias. Ao saber da criação da Comissão, percebi que era hora de contar”, disse.Leia aqui entrevista com o professor em que narra em detalhes o que ouviu.
Paulo Castro/UnB Agência
 Depoimento do professor João Augusto sobre morte de Anísio Teixeira surpreendeu coordenadora do Comitê da Verdade do Distrito Federal
NOVO SIGNIFICADO – O relato do professor da Universidade Federal da Bahia surpreendeu participantes da cerimônia e conferiu significado ainda mais amplo à Comissão da Verdade da UnB. “Não conhecia esses depoimentos sobre a morte de Anísio. É um caso para se investigar. Inclusive podemos trabalhar em conjunto com a Comissão da Verdade da UnB”, disse Gilnei Viana, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. “Esse pode ser o nosso fio da meada. Além da importância inquestionável para a UnB, Anísio Teixeira é um dos principais nomes da história da educação brasileira”, comentou o coordenador de investigação da Comissão da Verdade Anísio Teixeira, o professor do Instituto de Ciências Humanas José Otávio Nogueira Guimarães. 

Iara Xavier Pereira, da coordenação do Comitê da Verdade do Distrito Federal, afirmou que sempre houve dúvidas quanto à morte de Anísio Teixeira. “Sempre houve suspeita, mas nunca surgiu nada concreto. Esses depoimentos, citados pelo professor, são novidade”, disse.

Criada para investigar os casos de repressão que envolvem a UnB, a Comissão Anísio Teixeira conta com 11 integrantes, entre professores e ex-alunos vítimas do período da repressão e tem como presidente o ex-reitor Roberto Aguiar. É a primeira Comissão com esta finalidade criada por uma universidade brasileira. Leia aqui depoimentos de vítimas da ditadura militar narrados durante a instalação da Comissão.
TRABALHO CONJUNTO – José Geraldo abriu a cerimônia com mensagem enviada por Paulo Sérgio Pinheiro, membro da Comissão Nacional da Verdade, instalada pela presidenta Dilma Rousseff em maio deste ano para elucidar os crimes do período da repressão em âmbito nacional. “Afirmo meu desejo de ajudar a estreitar todos os vínculos de cooperação com a Comissão Nacional da Verdade, que tem o poder de convocar qualquer cidadão, assim como tem acesso a todos os documentos existentes em nosso país em qualquer nível de acesso que estejam. Creia que nossa competência está à plena disposição da Comissão da Memória e Verdade Anísio Teixeira para a realização plena de seus objetivos”, disse na carta. Para José Otávio Guimarães, essa possibilidade de convocar pessoas para depor será fundamental para os trabalhos.

O reitor José Geraldo ressaltou que a Comissão Anísio Teixeira surge com a proposta de complementaridade com os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade. “Não há redemocratização plena se não resgatarmos a memória desta experiência. Ocultamentos nos levam a incidir sobre novos desvios”, disse. Outra característica apontada por ele é o aproveitamento de experiências e trabalhos realizados sobre o tema. José Geraldo citou como exemplo a reedição do livro Universidade Interrompida, de Roberto Salmeron, dentro das comemorações do jubileu da UnB.

Paulo Castro/UnB Agência
 
Mateus Guimarães, sobrinho do líder estudantil Honestino Guimarães, que estudou Geologia na UnB e desapareceu em 1973, acrescentou outro aspecto que ele considera fundamental para orientar os trabalhos da Comissão da Verdade. “O resultado final mais importante será resgatar o projeto universitário idealizado pelos fundadores da UnB, tão necessário e fundamental para um país como o nosso”, disse Mateus. “Um projeto baseado no princípio da emancipação de pessoas”, acrescentou José Geraldo.

Cristiano Paixão, coordenador de relações institucionais da Comissão da UnB, destacou o interesse que o resgate da memória e da verdade desperta entre várias gerações. “É impressionante a atenção que estudantes nascidos após a Constituição de 1988 dão a esse tema. A maior contribuição que podemos dar se insere na dimensão do aprendizado”, afirmou. Paulo Abrão, secretário nacional de Justiça, elogiou a iniciativa pioneira da UnB. “A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça deve muito à Universidade de Brasília. Boa parte dos membros da Comissão se formaram aqui ou são professores daqui”, destacou em seu pronunciamento.
Edu Lauton/UnB Agência
 Estudantes lotam auditório com máscaras com a imagem do rosto de Honestino Guimarães, alunos desaparecido durante o regime militar

E SE HONESTINO ESTIVESSE AQUI –
 A cerimônia foi marcada também por manifestação de estudantes. Usando máscaras com a imagem do rosto de Honestino Guimarães, em uma manistação que chamaram “Movimento Honestinas”, os alunos distribuíram panfletos para divulgar a idéia da chapa Honestino Guimarães de “não candidato” à reitoria da UnB. Atualmente, está em curso no campus consulta organizada pelos três segmentos da Universidade para escolha do próximo reitor. A lista será levada ao Conselho Universitário, a quem cabe elaborar lista tríplice de indicados destinada à Presidência da República. Quatro dos candidatos estiveram presentes à cerimônia: João Batista de Sousa, Márcia Abrahão, Paulo César Marques e Volnei Garrafa. 

Na entrada do auditório, os estudantes afixaram cartazes com a pergunta: “O que faria Honestino Guimarães se fosse reitor da UnB?” “Essa pergunta me deixou abalado”, disse Paulo Abrão no final da cerimônia. “Eu acho que se Honestino fosse reitor da UnB. Ele faria o mesmo que José Geraldo: criaria a Comissão da Verdade da UnB”.

A primeira reunião da Comissão será marcada na próxima semana. A partir da próxima segunda, a UnB promove festival de cinema para divulgar a Comissão Anísio Teixeira. Saiba mais aqui.

 Integrantes da Comissão Memória e Verdade Anísio Teixeira
1. Roberto Armando Ramos de Aguiar (presidente)
2. José Otávio Nogueira Guimarães (coordenador de investigação)
3. Cristiano Otávio Paixão Araújo Pinto (coordenador de relações institucionais)
4. Simone Rodrigues Pinto (coordenadora de redação e sistematização)
5. Daniel Barbosa Andrade de Faria
6. Eneá de Stutz e Almeida
7. Fernando Oliveira Paulino
8. Beatriz Vargas Ramos Gonçalves de Rezende
9. Cláudio Antônio de Almeida
10. Luiz Humberto Pereira Martins
11. Nielsen de Paula Pires

A dor de quem enfrentou o regime militar
Ex-alunos da UnB e integrantes da Comissão da Verdade contam experiências dolorosas durante a ditadura
Débora Cronemberger - Da Secretaria de Comunicação da UnB
A cerimônia de instalação da Comissão da Verdade da Universidade de Brasília foi permeada por depoimentos emocionados de pessoas que vivenciaram a repressão durante o período militar. Integrantes da Comissão criada pelo reitor José Geraldo de Sousa Junior e participantes da cerimônia de abertura compartilharam histórias tristes de uma época sombria, em que a defesa da democracia se tornou atividade arriscada, passível de prisão, tortura e assassinato.
Cláudio Almeida, ex-aluno do Departamento de Economia da UnB e integrante da Comissão Anísio Teixeira, diz que resgatar histórias da época é muito difícil, pois traz à tona muita dor, mas considera os relatos fundamentais para denunciar os abusos e evitar que situações parecidas voltem a acontecer.
Amigo de Honestino Guimarães desde o 1º ano científico no colégio Elefante Branco, em 1961, Cláudio relembra com detalhes a violenta invasão policial que a UnB sofreu no dia 29 de agosto de 1968. “No dia anterior, vários pais de estudantes, que eram do Exército ou ligados ao regime, sabiam que algo grave iria acontecer e pediram a seus filhos que não fossem à Universidade. Muita gente não levou o boato a sério, eu inclusive”, conta Cláudio, cujo pai era o deputado Manoel de Holanda, da Arena, partido ligado ao regime militar.
Cláudio afirma que chegou à Universidade de manhã cedo, quando encontrou Honestino. Em seguida, foi para uma aula de economia do professor Lauro Campos. “Às 8h30, começamos a ouvir gritos: prenderam o Honestino”, relata. Revoltados, estudantes viraram uma viatura da polícia e botaram fogo no veículo. “Eu disse para não fazerem aquilo, pois seria a deixa para algo muito mais sério”, acrescenta. Ele tinha razão: por todas as vias de acesso da Universidade começaram a surgir policiais civis, militares, oficiais do Exército e do Corpo de Bombeiros. “Chegaram atirando, quebrando laboratórios, batendo nos estudantes, que reagiram jogando pedras. Virou uma guerra”, afirma.
Após muito tumulto, a situação foi controlada pelos policiais, que levaram os estudantes em fila indiana para uma quadra de basquete, onde começaram a fazer uma triagem para identificar possíveis líderes e militantes políticos. “Fui levado para o DOPS e depois ao Exército, onde fui espancado pela polícia”, diz Cláudio, que estava no penúltimo ano da faculdade e tinha 22 anos. “Colocaram o Honestino na minha frente. Queriam que ele me denunciasse, que dissesse que eu era militante ou ligado a sindicatos, mas ele não falou nada. Ele mal conseguia ficar de pé, de tanto que foi torturado”, afirma. Cláudio participava do grupo de esquerda Ação Popular e estava engajado na resistência ao regime.
Cláudio conta que não ficou muito tempo preso, pois amigos do pai dele se mobilizaram por sua liberação. “Quando reencontrei o Honestino, ele me disse que não dava mais, que ele tinha de ir para a clandestinidade. Eu não tinha estrutura para seguir esse caminho. Não nos vimos mais”, afirma. Cláudio espera que os trabalhos da Comissão da Verdade ajudem a denunciar os casos de violência e a diminuir o sofrimento de todos os que contestaram o regime.
MARX - Durante a cerimônia, o reitor José Geraldo contou a experiência do professor de Ciência Política Nielsen de Paula Pires, fundador e diretor do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares. “Ele saiu do Brasil devido à repressão e foi para o Chile, de onde foi expulso por um decreto assinado por um general com sobrenome Marx”, disse o reitor.
Paulo Castro/UnB Agência
 Nielsen de Paula deixou o Brasil por causa das perserguições do regime

Nielsen, que também integra a Comissão da UnB, atuava na Juventude Universitária Católica, em São Paulo, e era presidente de centro acadêmico em 1968, ano em que foi decretado o funesto AI-5, que definiu o momento mais duro do regime militar e suprimiu, por 10 anos, direitos políticos e civis no país. “Muitos participantes da Junta Universitária militavam no movimento Ação Popular [organização clandestina de esquerda entre 1962 e 1973] e meus amigos começaram a ser presos. Saí do Brasil e fui para o Chile, onde fui para o Estádio Nacional para ser tratado como prisioneiro de guerra após o golpe do general Augusto Pinochet, que contou com o apoio de militares brasileiros”, conta.

Depois de 15 anos no exílio, período em que morou na Bélgica, Estados Unidos e México, após ser expulso do Chile, Nielsen veio para Brasília para ser lecionar na UnB. “Meu primeiro dia de aula foi o primeiro dia da gestão de Cristóvam Buarque”, diz. Cristovam assumiu a reitoria da UnB em 1985, ano do início da redemocratização do Brasil.

Para Nielsen, o mais importante do trabalho da Comissão da Verdade da UnB será “a recuperação da história e a projeção dessa história para o futuro”. “A nossa geração colhe frutos da luta da nossa geração por mais democracia, mais justiça social. Vejo a comissão como um meio de resgatar os heróis que tivemos”, concluiu.
Paulo Castro/UnB Agência
Ex-aluno da UnB, Cláudio Almeida foi preso junto com Honestino Guimarães
OVOS E TOMATES - O período da ditadura concentra inúmeros relatos de abuso e violência, mas alunos daquela época também relembraram, durante a instalação da Comissão, histórias que arrancaram risadas dos presentes. O procurador federal dos Direitos do Cidadão, Aurélio Virgílio Veiga Rios, relembrou a desastrosa visita que o poderoso Secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger fez à UnB em 1981. Aurélio era estudante do Departamento de Direito no reitorado de José Carlos Azevedo.

Em meio a um turbulento contexto nacional e internacional – ditadura militar no Brasil e guerra do Vietnã –, Kissinger veio proferir palestra no Auditório Dois Candangos. “Houve um cerco dos estudantes no local. Os pneus dos carros das autoridades foram furados e subitamente acabaram os estoques, nas redondezas, de ovos e tomates, que foram jogados nas autoridades que saíam do auditório”, contou, rindo, Aurélio. “Kissinger teve de ir embora de camburão para não ser atingido”.
Festival de cinema divulga Comissão da Verdade da UnB
A partir de segunda-feira, 13 de agosto, o Memorial Darcy Ribeiro terá exibição de filmes relacionados aos impactos causados pela ditadura. Háverá debates após cada sessão
Débora Cronemberger - Da Secretaria de Comunicação da UnB
Na segunda-feira, 13 de agosto, começa o festival “Cinema pela Verdade”, com o objetivo de exibir filmes e realizar debates sobre o período da ditadura militar e suas conseqüências históricas para o Brasil.
O festival, que será realizado no Memorial Darcy Ribeiro, busca divulgar a Comissão Anísio Teixeira, instalada nessa sexta-feira, 10 de agosto para investigar a repressão política enfrentada por professores e alunos da Universidade de Brasília durante o regime militar. A ideia é também envolver a comunidade acadêmica com o tema.
As sessões são gratuitas. Após cada exibição haverá um debate. A organização é do Instituto Cultura em Movimento (Icem), em parceria com o Ministério da Justiça, via Comissão de Anistia, e com apoio da Reitoria da UnB e do Cineclube Beijoca.

Veja a programação
1ª Sessão – 13/08, segunda, às 14h
“Hércules 56”
, de Silvio Da-Rin (Brasil, 2006)
Debatedores:
Paulo Abrão (Presidente da Comissão de Anistia)
José Geraldo Souza (Reitor UnB)
Cristiano Paixão (Professor e Coordenador de Relações Institucionais da Comissão da Verdade - UnB)
2ª Sessão Extra – 15/08, quarta-feira, às 18h
“Barra 68 – Sem perder a ternura”
, de Vladimir Carvalho (Brasil, 2001)
Debatedores:
Vladimir Carvalho (Diretor)
José Otávio Nogueira (Professor e
 Coordenador de Investigações da Comissão da Verdade - UnB)
3ª Sessão (Filme Inédito) – 16/08, quinta, às 18h
“Diário de uma Busca”
, de Flávia Castro (Brasil, 2011)
Debatedores:
Flávia de Castro (Diretora)
Eric de Sales (Pesquisador de Políticas Públicas e Memória)
Local: Memorial Darcy Ribeiro (Beijódromo, ao lado da Reitoria da UnB)

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