Discussão reúne estudantes, docentes e técnicos administrativos
A comunidade acadêmica participou, nesta terça-feira (27), do primeiro Seminário sobre a Paridade Universitária da UNILA. O evento trouxe reflexões sobre as experiências de gestão paritária vivenciadas em outras instituições. As discussões poderão servir de base para que a Universidade defina qual será a representação das três categorias presentes na Universidade – estudantes, docentes e técnicos - na consulta pública para reitor e na composição do Conselho Universitário.“Este evento faz parte de um compromisso que firmamos com a comunidade acadêmica. Como todo seminário, ele não é conclusivo, mas traz diferentes olhares e experiências de pessoas envolvidas nessa questão, para que nós possamos tomar a decisão que melhor se enquadre na realidade da nossa Universidade”, destacou o reitor Hélgio Trindade, durante a abertura da atividade.
José Geraldo de Sousa Jr: “Consulta paritária já é uma realidade em 37 universidades brasileiras”
O ex-reitor considera que o sistema paritário aumente o protagonismo de todos os atores da Universidade e que pode ser implantado em outras instâncias de decisão universitária. “Devemos construir as condições de legitimação de aquilo que a instituição tem como concepção. Nesse sentido, a paridade é salutar para o processo de renovação e amadurecimento das universidades brasileiras”, salientou Sousa Jr.
Aldo Arantes: “Paridade deve ser analisada dentro do contexto brasileiro e latino-americano”
Para o ex-deputado, o desafio é retomar os interesses coletivos, pensando na universidade de forma ampla, sem os interesses corporativistas de cada categoria. “A busca que tanto queremos não é por uma alternativa que dê mais força para um ou outro segmento. A busca é por um projeto de universidade para um país mais democrático e para uma América Latina mais democrática. A discussão da paridade deve estar dentro desse pensamento maior da conjuntura onde a universidade está inserida”, pontuou.
Octávio Torres: “UNILA deve buscar novos modelos de gestão universitária”
Representando a categoria discente, participou da mesa de debate o coordenador geral do Embora a UnB não tenha paridade nos conselhos – uma reivindicação antiga do DCE – Octávio Torres incentivou a comunidade da UNILA a buscar modelos inovadores de paridade, que possam servir de exemplos para outras instituições públicas. “A paridade não deve se limitar a consulta pública para reitor. Por isso, ousem buscar uma composição diferente, aproveitem esta universidade nova para criar modelos inovadores de gestão universitária que possam servir de exemplo para o resto do Brasil e o resto da América Latina”, declarou. Para o coordenador do DCE da UnB, essa busca só será possível por meio da parceria entre os representantes dos estudantes e dos, em uma mobilização única pela efetivação da democracia interna.
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