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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

UnB festeja lei de criação

Comemorações pelos 50 anos de criação da universidade começam na próxima quinta-feira com exposição de fotos, música e lançamento de livros
Hugo Costa - Da Secretaria de Comunicação da UnB

Em 15 de dezembro de 1961, o então presidente João Goulart assinou a lei de criação da Universidade de Brasília, projeto que renovou o ensino superior no Brasil. Cinquenta anos depois, a mesma data foi escolhida para marcar o início das comemorações pelo jubileu da UnB. Durante todo o ano que vem, uma série de eventos resgatará a história do cinquentenário e promoverá reflexões sobre o futuro.
O primeiro evento está marcado para o dia 15 de dezembro, às 8h30, no Memorial Darcy Ribeiro, o Beijódromo, e é aberto à comunidade de Brasília. Na ocasião, será celebrada a assinatura da lei e lançada a logomarca do cinquentenário. "Vamos celebrar a rica história da concepção e da trajetória da universidade e também estimular a reflexão sobre os desafios que teremos nos próximos 50 anos", afirma Fernando Oliveira Paulino, professor da Faculdade de Comunicação e coordenador executivo da Comissão UnB 50 Anos.
Também será montada no Beijódromo uma exposição fotográfica com 17 painéis que mostram alguns dos primeiros acontecimentos da universidade. As imagens foram selecionadas dos arquivos do Centro de Documentação pelo ProMemória UnB e retratam sobretudo o período de 1961 a 1965. "A ideia é que essa exposição seja itinerante e percorra também os outros campi", explica a pesquisadora do ProMemória Maria Gorete Vulcão. "Será apenas um aperitivo. Queremos também expor outros períodos da história da UnB".
A celebração pela assinatura da lei será conduzida ao som de jazz. Um trio com Vadim Arsky, saxofonista e professor de Música da UnB, Paulo Dantas, contrabaixista e ex-aluno da universidade, e José Caldeira, pianista reconhecido na cidade, fará uma apresentação de cerca de 30 minutos. "Vai ser fantástico poder tocar em uma data tão simbólica", diz o professor Arsky. "É gratificante ver que a UnB tem buscado preservar sua memória e continua a ser uma instituição de referência no país", afirma ele, que está vinculado à universidade desde 1981, quando iniciou o curso de graduação.
HOMENAGEM - Uma sessão especial fará homenagens póstumas a dois personagens marcantes na história da UnB: o ex-presidente João Goulart, autor da Lei 3.998 de 1961, e o frei dominicano Mateus Rocha, vice-reitor e reitor nos primeiros anos da universidade. Diplomas serão distribuídos a representantes dos homenageados e haverá uma breve intervenção do professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Antônio Carlos Carpintero, que vai discorrer sobre a contribuição dos dois para a universidade.
"João Goulart mostrou para o país que tinha a educação como prioridade. Em apenas três meses de governo, determinou a criação da UnB", explica o professor, autor da proposta de homenagem. "E foi a presença de Frei Mateus que viabilizou a universidade, em um período em que setores conservadores mais conservadores da Igreja Católica e liberais ortodoxos se opunham a criação de uma universidade nos moldes que defendia Darcy Ribeiro: leiga, pública e gratuita", completa.
PUBLICAÇÕES - A 8 edição da Revista Darcy, publicação voltada para a produção científica e cultural da Universidade de Brasília, será lançada durante as comemorações. "Temos uma edição muito especial com 22 páginas dedicadas a pesquisas da UnB sobre o cérebro, além de seis páginas com o perfil do cineasta e professor emérito Vladimir Carvalho", destaca Érica Montenegro, chefe de redação da revista. A 8 edição também traz encarte sobre o cinquentenário. "Ficamos muito felizes por fazer o lançamento em um momento histórico da instituição", afirma a jornalista.
Outra obra importante que será apresentada no Beijódromo é o livro Universidade de Brasília: Projeto de Organização, Pronunciamento de Educadores e Cientistas e Lei nº 3.998 de 15 de dezembro de 1961. Publicado desta vez pela Editora UnB, o livro de 160 páginas é uma reedição de obra organizada por Darcy Ribeiro em 1962.
Reprodução

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